ALUNOS
E PROFESSORES DESCOBREM QUE BEBEM ÁGUA QUE VEM DE POÇO PRÓXIMO DE CEMITÉRIO
Na noite de ontem houve
um tremendo alvoroço no Instituto Conego Nestor de Carvalho Cunha no Centro da
Cidade de São Bernardo que os Alunos e Professores do turno da noite
descobriram que a água que eles bebem vem de um poço próximo do cemitério e da rodoviária
da cidade, todos ficaram indignados com o descaso por parte do poder público
municipal e todos estavam reclamando da péssima qualidade da água que é distribuída
para o Colégio, os professores falaram que não sabem a quem devem pedir
providencia por que a Secretaria de Educação todos tem certeza que nem sabem
disso e se sabem fazem que não sabem e muito menos a Prefeitura de São
Bernardo, por que eles que estão no Poder não estão nem ai para o que tanto
Professor e Alunos bebam dirá resolver este Problema, palavras de professores e
alunos do Instituto Conego Nestor de Carvalho Cunha no Centro de São Bernardo –
Maranhão.
Sabemos que a água que
vem do subsolo e que é originaria de um poço próximo de um Cemitério tem que
antes de ser dada para a população fazer qualquer tipo de exame que comprove a
qualidade desta água que esta sendo distribuída.
Gerson Paz
POLUIÇÃO AMBIENTAL DEVIDO A CEMITÉRIOS
A principal causa da poluição ambiental
pelos cemitérios é o líquido liberado intermitentemente pelos cadáveres em
putrefação, denominado de necrochorume.
Na putrefação são liberados os gases funerários,
principalmente o gás sulfídrico (H2S), o dióxido de carbono (CO2), as mercaptanas,
o gás metano (CH4), a amônia (NH3) e o fosfina (PH3) – hidrato de fósforo,
incolor e inflamável.
No entanto, outros poluentes, não menos
importantes, levantados por Silva (1995, 1998) não podem ser esquecidos, como,
por exemplo, os óxidos metálicos (Ti, Cr, Cd, Pb, Fe, Mn, Hg, Ni e outros)
lixiviados dos adereços das urnas
mortuárias, formaldeído e metanol utilizados na embalsamação, quase sempre são
superdosados, pois as funerárias têm procedimentos próprios (ainda não
normatizados).
Atualmente vem sendo usada a técnica de
tanatopraxia, que é a técnica de preparar, maquiar e, restaurar partes do falecido,
por meio de cosméticos, corantes, enrijecedores, etc. O necrochorume pode
veicular além de microrganismos oriundos do corpo, restos ou resíduos de
tratamento químicos hospitalares (quimioterapia) e os compostos decorrentes da decomposição
da matéria orgânica.
Todos esses contaminantes incorporados
ao fluxo de necrochorume são prejudiciais ao solo e águas subterrâneas. Os
compostos orgânicos liberados no processo de decomposição dos cadáveres são degradáveis e causam um aumento
da atividade microbiana no solo sob a área de sepultamentos (MATOS, 2001).
Ocorre também um aumento na presença de compostos denitrogênio e fósforo, na
concentração de sais (Cl-, HCO3, Ca+2, Na+) e consequentemente na condutividade
elétrica, no pH e alcalinidade, e dureza da solução do solo.
NECROCHORUME
O necrochorume
corresponde a um líquido viscoso mais denso que a água (1,23 g/cm³), rico em
sais minerais e substâncias orgânicas degradáveis, elevada DBO, de coloração
castanhoacinzentado, polimerizável, e grau variado de patogenicidade (SILVA, 1998;
MATOS, 2001).
O necrochorume é
constituído por 60% de água, 30% de sais e 10% de substâncias orgânicas (SILVA,
1998). Com a decomposição das substâncias orgânicas presentes no necrochorume, são
geradas diversas diaminas, as mais preponderantes são as mais tóxicas: a putrescina
(C4H12N2) e a cadaverina (C5H14N2), que podem ser degradadas, gerando amônio
(NH4+). A relação necrochorume/massa corpórea é da ordem de 0,6 L/kg (SILVA,
1995).
Encontra-se no
necrochorume números elevados de bactérias heterotróficas, proteolíticas e
lipolíticas. Encontram-se também Escherichia coli, Enterobacter, Klebsiella e
Citrobacter e a Streptococcus faecalis, e microrganismos patogênicos
como Clostridium perfringes,Clostridium welchii – estes causam tétano,
gangrena gasosa e toxi-infecção alimentar; Salmonella typhi que causa a febre
tifóide e S. paratyphi a febre paratifóide, Shigella causadora da
desinteria bacilar e o vírus da hepatite A.
FONTE: http://www.rbciamb.com.br/images/online/09_artigo_5_artigos132.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário