quarta-feira, 6 de junho de 2012

ALUNOS E PROFESSORES DESCOBREM QUE BEBEM ÁGUA QUE VEM DE POÇO PRÓXIMO DE CEMITÉRIO



ALUNOS E PROFESSORES DESCOBREM QUE BEBEM ÁGUA QUE VEM DE POÇO PRÓXIMO DE CEMITÉRIO

Na noite de ontem houve um tremendo alvoroço no Instituto Conego Nestor de Carvalho Cunha no Centro da Cidade de São Bernardo que os Alunos e Professores do turno da noite descobriram que a água que eles bebem vem de um poço próximo do cemitério e da rodoviária da cidade, todos ficaram indignados com o descaso por parte do poder público municipal e todos estavam reclamando da péssima qualidade da água que é distribuída para o Colégio, os professores falaram que não sabem a quem devem pedir providencia por que a Secretaria de Educação todos tem certeza que nem sabem disso e se sabem fazem que não sabem e muito menos a Prefeitura de São Bernardo, por que eles que estão no Poder não estão nem ai para o que tanto Professor e Alunos bebam dirá resolver este Problema, palavras de professores e alunos do Instituto Conego Nestor de Carvalho Cunha no Centro de São Bernardo – Maranhão.

Sabemos que a água que vem do subsolo e que é originaria de um poço próximo de um Cemitério tem que antes de ser dada para a população fazer qualquer tipo de exame que comprove a qualidade desta água que esta sendo distribuída.

Gerson Paz



POLUIÇÃO AMBIENTAL DEVIDO A CEMITÉRIOS

A principal causa da poluição ambiental pelos cemitérios é o líquido liberado intermitentemente pelos cadáveres em putrefação, denominado de necrochorume.

Na putrefação são liberados os gases funerários, principalmente o gás sulfídrico (H2S), o dióxido de carbono (CO2), as mercaptanas, o gás metano (CH4), a amônia (NH3) e o fosfina (PH3) – hidrato de fósforo, incolor e inflamável.

No entanto, outros poluentes, não menos importantes, levantados por Silva (1995, 1998) não podem ser esquecidos, como, por exemplo, os óxidos metálicos (Ti, Cr, Cd, Pb, Fe, Mn, Hg, Ni e outros) lixiviados dos adereços  das urnas mortuárias, formaldeído e metanol utilizados na embalsamação, quase sempre são superdosados, pois as funerárias têm procedimentos próprios (ainda não normatizados).

Atualmente vem sendo usada a técnica de tanatopraxia, que é a técnica de preparar, maquiar e, restaurar partes do falecido, por meio de cosméticos, corantes, enrijecedores, etc. O necrochorume pode veicular além de microrganismos oriundos do corpo, restos ou resíduos de tratamento químicos hospitalares (quimioterapia) e os compostos decorrentes da decomposição da matéria orgânica.

Todos esses contaminantes incorporados ao fluxo de necrochorume são prejudiciais ao solo e águas subterrâneas. Os compostos orgânicos liberados no processo de decomposição dos cadáveres são degradáveis e causam um aumento da atividade microbiana no solo sob a área de sepultamentos (MATOS, 2001). Ocorre também um aumento na presença de compostos denitrogênio e fósforo, na concentração de sais (Cl-, HCO3, Ca+2, Na+) e consequentemente na condutividade elétrica, no pH e alcalinidade, e dureza da solução do solo.


NECROCHORUME

O necrochorume corresponde a um líquido viscoso mais denso que a água (1,23 g/cm³), rico em sais minerais e substâncias orgânicas degradáveis, elevada DBO, de coloração castanhoacinzentado, polimerizável, e grau variado de patogenicidade (SILVA, 1998; MATOS, 2001).

O necrochorume é constituído por 60% de água, 30% de sais e 10% de substâncias orgânicas (SILVA, 1998). Com a decomposição das substâncias orgânicas presentes no necrochorume, são geradas diversas diaminas, as mais preponderantes são as mais tóxicas: a putrescina (C4H12N2) e a cadaverina (C5H14N2), que podem ser degradadas, gerando amônio (NH4+). A relação necrochorume/massa corpórea é da ordem de 0,6 L/kg (SILVA, 1995).

Encontra-se no necrochorume números elevados de bactérias heterotróficas, proteolíticas e lipolíticas. Encontram-se também Escherichia coli, Enterobacter, Klebsiella e Citrobacter e a Streptococcus faecalis, e microrganismos patogênicos como Clostridium perfringes,Clostridium welchii – estes causam tétano, gangrena gasosa e toxi-infecção alimentar; Salmonella typhi que causa a febre tifóide e S. paratyphi a febre paratifóide, Shigella causadora da desinteria bacilar e o vírus da hepatite A.

FONTE: http://www.rbciamb.com.br/images/online/09_artigo_5_artigos132.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário