terça-feira, 5 de junho de 2012

Dicas sobre Planejamento de Campanha




Dicas sobre Planejamento de Campanha

Por Sullyvan Andrade, publicitário, especialista em marketing político e propaganda eleitoral pela (ECA/USP).
Antes da elaboração do planejamento de campanha, existem inúmeras análises que o antecedem, como exemplo, saber se realmente os candidatos possuem um potencial ou não para aquelas candidaturas e se as suas articulações no decorrer dos anos foram consolidadas. Estruture uma equipe de apoiadores capazes de organizarem e liderarem as suas próprias pré-campanhas até o dia da eleição.

Infelizmente, uma grande maioria deixa tudo para a última hora, “atirando para todos os lados”, investindo grandes quantias em dinheiro no pagamento de cabos eleitorais despreparados, em material gráfico desnecessário, gente palpitando demais em tudo, principalmente na área da comunicação que exige profissionais com perfil político, enfim uma completa desorganização.

Existem candidatos que gastam até dez vezes mais que alguns e não se elegem, mas por que há outros que gastam dez vezes menos e conseguem suas vitórias? Numa campanha eleitoral, aqueles que forem conquistando o “terreno” primeiro, os espaços dentro do partido, somando apoios entre os bairros do município e região antecipadamente com vinte e quatro a doze meses de antecedência, já estarão em larga vantagem em relação aos seus concorrentes. Aqueles que se preocuparem com o planejamento de campanha nos últimos meses que antecedem a eleição, certamente já estarão fadados à derrota e seus gastos serão exorbitantes. De acordo com a interpretação de TZU, Sun, A arte da guerra, aqueles que chegarem primeiro no campo de batalha estarão à vontade e aqueles que chegarem depois já estarão cansados na batalha.

Planejar é uma atitude de poucos candidatos. Agir de maneira instintiva e com muita intuição é hábito de muitos que tendem a ser derrotados. Por isso, o planejamento de campanha exige algumas etapas, como se fosse a construção de uma pirâmide, começando-se pelas bases, e não pelo topo. É a mesma coisa em uma campanha eleitoral.
Existem várias fases num planejamento de campanha, porém, as fases essenciais que formam uma base de um planejamento de campanha rumo ao sucesso são:

1)Pesquisar, analisar e se informar sobre as atuais conjunturas sociais e políticas fazem parte da primeira etapa do planejamento como: situação socioeconômica do município, nível de desemprego, o “quadro político” atual e dos últimos anos, o número de eleitores por faixa etária e escolaridade, quantos votos a sua campanha irá precisar em tal bairro, manter a pretensão no segmento “X” do eleitorado, diminuir a influência do candidato “Y” na região “X”, se informar sobre o número de filiados no seu partido e do concorrente, incluindo o mapeamento de votação por bairros. Estas são ações estratégicas iniciais para um planejamento de campanha, mas dependem totalmente de verbas disponíveis.

2)Quantificar o número de apoiadores e cabos eleitorais por meio de um banco de dados,exigir que os cabos eleitorais tragam nomes, endereços, telefones e monitorem as pessoas que entrarão em contato direto com o candidato no período da pré-campanha e campanha são essenciais. Desse modo, fica mais fácil o especialista e os candidatos fiscalizarem e incentivarem seus cabos eleitorais, visando estreitar relações de confiança com os eleitores até o dia da eleição. O objetivo dessa estratégia é manter a fidelização do eleitorado. Daí é um “pulo” para a conquista eleitoral em 2008, já que eleição se ganha com o relacionamento.

3)Tenham em suas mãos ótimos profissionais, orientando as questões jurídicas, publicitárias, de relações públicas, de TV, de rádio e etc. Com a ajuda de um jornalista, criem os informativos, contando suas trajetórias de vida. Em seguida, distribuam para os eleitores, como estratégia de pré-campanha, (18 a 4 meses da eleição), mas não se esqueça de que nem sempre o jornal é o “trampolim” do reconhecimento do povo. Apelem para a renovação, contando o motivo de seu foco (bandeira de luta) nos comícios e nas ruas, sempre com os cabos eleitorais. Ter profissionais que entendam de política, trabalhando numa sinergia, é um grande diferencial entre os concorrentes, porque não são todos que fazem isso. Numa campanha de vereador num município pequeno, são comuns os favores de amigos e até os candidatos contam com seus parentes e amigos para os auxiliarem. Desse modo, os investimentos podem alcançar patamares baixíssimos e os efeitos disso serem surpreendentes.

4)Criem um calendário, um cronograma de atividades coordenado por especialista em marketing político para que suas obrigações possam ser levadas a sério dia-a-dia, semanal e mensalmente, na conquista de novos apoios sociais e políticos. São poucos os candidatos que são organizados, portanto, aproveitem as fraquezas dos seus concorrentes. A organização norteia ações, atitudes e os ajuda a avançar no meio do povo, sem que muitos concorrentes percebam e, ainda, como mais uma vantagem, faz com que os candidatos não percam tempo em certos lugares ou deixem de visitar locais e pessoas estratégicos. Nesse caso, as visitas às comunidades são essenciais, bem como a presença do candidato em shows, exposições e até mesmo velórios. A presença em velório funciona pelo simples fato de prestar solidariedade ao povo nas horas mais difíceis. Estipule metas para que presenciem os eventos populares. Evite um pouco os eventos elitistas, porque, assim, não dá margem para a oposição criticar.

5) Procure um especialista em marketing político e propaganda eleitoral para que ele dê uma direção à sua campanha majoritária e /ou proporcional (minoritária).

Obs: Lembrando que estas estratégias fazem parte de um grande contexto e que elas não se limitam somente ao que foi citado. Se você gostou, por favor, repasse para um amigo candidato.


Fonte: http://www.marketingpolis.com.br/internas/dicas/planejamento-de-campanha.php

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