CNJ deve punir juízes
'vagabundos', diz corregedora.
Eliana Calmon, a mesma que falou dos 'bandidos de toga', defendeu no Senado a retomada das investigações para proteger os magistrados sérios.
28 de fevereiro de 2012
BRASÍLIA – A corregedora-nacional de Justiça,
ministra Eliana Calmon, afirmou nesta terça-feira, 28, que é preciso expor as
mazelas do Judiciário e punir juízes “vagabundos” para proteger os magistrados
honestos que, ela ressaltou, são a maioria.
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“Faço isso
em prol da magistratura séria e decente e que não pode ser confundida com meia
dúzia de vagabundos que estão infiltrados na magistratura”, disse em sessão da
Comissão de Constituição e Justiça do Senado, para discutir a proposta de
emenda constitucional que amplia e reforça os poderes correcionais do CNJ.
No ano passado, declarações da ministra de que a
magistratura brasileira enfrentava "gravíssimos problemas de infiltração
de bandidos, escondidos atrás da toga" gerou crise entre o Judiciário e o
CNJ. Na ocasião, Eliana Calmon defendia o poder de o órgão investigar
magistrados sujeitos de cometer irregularidades.
Nessa terça, a ministra afirmou ser necessário
retomar a investigação que começou a ser feita no ano passado nos tribunais de
Justiça para coibir pagamentos elevados e suspeitos a desembargadores e
servidores. A investigação iniciada pelo CNJ no tribunal de Justiça de São
Paulo e que seria estendida a outros 21 tribunais foi interrompida por uma
liminar concedida no último dia do ano judiciário pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. O processo hoje está sob relatoria
do ministro Luiz Fux e não há prazo para que seja julgado.
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