Governo estabelece novas regras
para a liberação de emendas parlamentares
O governo
Roseana Sarney (PMDB) estabeleceu uma série de novas regras para indicação e
liberação de recursos provenientes de emendas parlamentares apresentadas à Lei Orçamentária
do Estado. Estas regras foram discutidas esta semana pelo secretário de
Assuntos Políticos, Hildo Rocha (foto), e os deputados governistas na
Assembleia Legislativa. O volume de recursos previstos para liberação do
governo é de R$ 150 milhões - cerca de R$ 2,5 milhões por parlamentar. Cabe aos
parlamentares indicar os municípios beneficiados e os setores do governo que
alocarão os recursos, dentro das regras estabelecidas. Em ano eleitoral, o
prazo para liberação das emendas termina em 30 de junho.
Na
reunião, realizada no gabinete do líder do governo, César Pires (DEM), o
secretário deixou claro que, se o governo vai melhorar vida dos deputados por
um lado, por outro, deve primar pela regularização das prefeituras
beneficiadas.
Uma das
novas regras diz respeito aos prazos para indicação de beneficiários de emendas
do setor de saúde. De acordo com a nova legislação, o Plano de Investimentos da
Saúde deve ser aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde e a reunião desse
colegiado está agendada para o dia 30 de março. Por isso, o governo exige que
as indicações parlamentares sejam definidas até o dia 28, para que sejam
aprovadas pelo conselho, conforme determina a lei.
Para os
setores da educação, infraestrutura, cultura e demais áreas o prazo final é 30
de março. "Esses prazos são improrrogáveis já que 2012 é ano de eleições e
a legislação eleitoral veda a realização de convênios a partir do final de
maio" enfatizou Rocha.
Participaram
da reunião com Hildo Rocha todos os líderes de bancada e alguns parlamentares.
A Secretaria de Assuntos Políticos é a pasta encarregada de fazer o
acompanhamento das emendas.
Dois
pontos ficaram indefinidos, já que os deputados consideraram de difícil
aplicação. O primeiro é relativo às emendas direcionadas para obras. O governo
quer adotar o modelo da Caixa Econômica Federal e só pagar mediante
fiscalização do andamento da obra. "É uma prática importante, mas esbarra
na falta de estrutura das pastas para fiscalizar, o que resultará na lentidão
do processo", ponderou o líder do governo, César Pires.
O outro
ponto ponderado tem relação com a inadimplência das prefeituras. Segundo Hildo
Rocha, o governo quer formar um cadastro único, para evitar que prefeitura
inadimplente com determinada secretaria possa fazer convênio com outra e nem
poderá ser substituída por outro município. Para o líder do bloco União
Democrática, Eduardo Braide (PMN), essa medida pode até ser útil em 2013, mas
não agora, por causa dos prazos exíguos. "Nós estamos em pleno ano
eleitoral. O prazo para conclusão dos convênios é 30 de junho. Se não puder
substituir, haverá muitos municípios de fora", avaliou Braide.
Responsável
pela articulação com deputados e prefeitos, Hildo Rocha explicou que é
interesse de sua pasta agilizar todos os procedimentos para que a população se
mantenha informada acerca da destinação dos recursos para os municípios, além
de também estimular os deputados a acelerar o processo de encaminhamento dos
pedidos, evitando assim as dificuldades que normalmente ocorrem devido ao
acúmulo de pedidos que são encaminhados em cima da hora.
Todas as
emendas derivam das discussões com a sociedade por meio dos Seminários
Regionais de Lideranças, realizados em 2011.
Mais
As
emendas parlamentares contemplam emendas para investimentos em pavimentação em
vias urbanas nas sedes e nas zonas rurais, perfuração de poços, melhorias de
caminho de acesso, construção de escolas, construção de postos de saúde,
aquisição de equipamentos hospitalares, projetos produtivos, como miniusinas de
arroz.
As novas
regras das emendas
-
Indicações para o setor da saúde devem ser feitas até o dia 28, para serem
analisadas, dia 30, na reunião do Conselho Estadual de Saúde. Para as demais, o
prazo é dia 30;
- O
governo pretende liberar as emendas de todas as áreas (no valor global de R$
2,5 milhões por deputado) até o dia 30 de abril.
- As
emendas para o setor da Cultura respeitarão o total indicado pelo parlamentar
na Lei Orçamentária, descontados os valores liberados no Carnaval;
- O
governo só pagará obras resultantes de emendas após fiscalização das
secretarias responsáveis pela execução;
-
Prefeituras que apresentem inadimplência com alguma secretaria estará impedida
de receber emendas de outras pastas.
- O prazo
para que o governo libere os recursos das emendas parlamentares termina, em ano
eleitoral, no dia 30 de junho.
Por Marco D'Eça/Jornal o Estado do
Maranhão
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